O Coaching é um processo no qual ocorre a aliança entre o Coach (orientador, instrutor, treinador etc…) e o coachee (cliente). Tal aliança, via de regra, tem como escopo a condução do coachee a processos de descoberta e utilização de seus potenciais para atingir determinados objetivos ou metas.

Já é lugar comum no processo de Coaching a frase: “O Coach tem as perguntas, o coachee possui as respostas”. Partindo desta premissa, podemos inferir que o Coaching deve ser um processo heurístico (de descoberta; ou, neste caso, mais precisamente de autodescoberta), no qual o Coach utilizando-se de perguntas adequadas faz com que o coachee trilhe a senda da autodescoberta de seus potenciais.

Aqui, talvez possamos relembrar o filósofo grego Aristóteles que afirmava que o ser é “ato e potência”, ou seja, o ser é sua ação e possui latente em si a potência de vir a ser o que por bem vier a idealizar e realizar…

No processo de Coaching, o Coach procura conduzir o seu coachee, através de técnicas extremamente funcionais, nas quais o mérito da descoberta recaia sobre o coachee, aperfeiçoando a sua maneira de decidir – ou processo decisório – e, obviamente, aumentando ou reforçando a sua auto-estima. Um Coach hábil evitará dar as respostas diretamente ao seu coachee – mesmo que as conheça – pois isto pode reduzir o efeito alavancador da auto-estima de seu coachee e, além disso, colocar o Coach no indevido posto de Guru.

Não! O Coach não tem as respostas: ele tem as perguntas!

E mais… Ele tem a técnica, a metodologia, a perspicácia e a intuição de não querer ser a estrela do processo, mas tão somente um farol de direcionamento e orientação para o coachee.

No parágrafo anterior falei de intuição. Sim, novamente falei de intuição – uma palavra que pareceu ter se tornado proibida pelo excesso de cientificismo de nossa época. Contudo, os grandes realizadores sempre mencionaram algo mais que a simples técnica ou a mera perspicácia para a construção das grandes obras ou realização dos grandes feitos: a intuição!

Einstein disse: “Imaginação é mais importante do que conhecimento”.

Sinceramente, não creio que tenha sido somente a imaginação de Einstein que o tenha levado à Teoria da Relatividade ou a qualquer outro de seus feitos. Contudo, creio que foi sua permissão para imaginar que deflagrou o seu processo intuitivo.

Então, fica aqui o meu primeiro convite: permita-se imaginar, permita-se devanear, permita-se pensar “e se …’

É claro que o processo intuitivo só virá no segundo convite: permita-se ouvir e agir de acordo com “aquela” voz interior, e se ela não se manifestou ainda, faça de conta que ela já está aí. Lembre-se: imaginação é mais importante do que conhecimento…

Relembro aqui que o sábio Sócrates já falava de sua voz, aquela que o orientava, através de seu método de perguntas: seria ela o seu Coaching Intuitivo???

Pois é, para mim, parece insofismável que há uma sabedoria ancestral, arquetípica e que pode ser acessada por todo aquele que se permitir imaginar e ser orientado.

Por este motivo é que o nosso processo de Coaching Intuitivo pode ser considerado um processo heurístico (de descoberta), com metodologia e processos que permitem estimular ambos os hemisférios cerebrais: direito e esquerdo ou lúdico e racional.

É óbvio que existem inúmeras maneiras de acessar-se ou desvelar-se o nosso processo intuitivo, mas para quem quer começar uma jornada de autoconhecimento, o Coaching Intuitivo mostra-se como uma maneira simples e segura para o Self Coaching (Autocoaching ou coaching de si mesmo) e também como método extremamente satisfatório no relacionamento Coach-coachee, pois consegue afastar o Coach da figura de guru e deixa que o coachee entre sincronicamente em contato com a sabedoria ancestral para o delineamento de sua trajetória e realização de seus objetivos…

Paz (no coração), Luz (na mente) e Força (no físico),

Valdecy Carneiro