CONGRUÊNCIA E INCONGRUÊNCIA

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CONGRUÊNCIA E INCONGRUÊNCIA
“O que você faz fala tão alto, que o que você diz nós não escutamos…”
por Valdecy Carneiro

Ser congruente é estar com o nosso estado fisiológico e nosso estado emocional na mesma sintonia, na mesma freqüência.

Imagine-se dizendo que está “muito feliz” com uma cara séria, fria, sisuda. Combina? Não?! Então não é congruente.
Pense em um namorado falando para a namorada “é claro que eu amo você!” e no mesmo momento move sua cabeça horizontalmente. Se você fosse a namorada dele acreditaria?
Se você estiver falando de alegria, mostre-se alegre. Se estiver falando de tristeza, mostre-se consternado. Se o assunto for algo que provoque indignação você além de estar indignado precisa parecer indignado. As pessoas percebem a congruência entre o que se fala e o que se mostra.
Lembre-se: as pessoas não precisam acreditar no que você acredita; elas precisam notar que você acredita no que está dizendo ou demonstrando.

Conta-se muito, atualmente, a história de Gandhi (Mahatma = Grande Alma), que foi procurado por uma mãe e seu filhinho.

A mãe queria que Gandhi aconselhasse o menino  a parar de comer açúcar, pois esse hábito estava fazendo muito mal ao garoto e, ele não atendia às recomendações médicas.
Como a mãe sabia do apreço e do respeito do pequeno por Gandhi, viajou até onde ele se encontrava e apresentou-lhe a criança, explicando que gostaria que fosse aconselhado a para de comer açúcar.
Gandhi solicitou à mãe que retornasse daí a uma semana. 
A mãe assim o fez. Após uma semana ela levou novamente o pequeno até Gandhi que, olhando para o menino, disse assertivamente: “Menino, pare de comer açúcar. Ele é um veneno para você!”
A mãe chamou Gandhi de lado e perguntou-lhe: “Se era só isso que o senhor ia fazer, por quê me fez esperar por uma semana?”
E Gandhi respondeu-lhe: “É que na semana passada eu também estava comendo açúcar!”

Atribui-se a Gandhi a frase seguinte, que bem lembra a congruência:
“Seja você mesmo a mudança que quer ver no mundo.”

Toda a comunicação humana é baseada na detecção da congruência (ou incongruência) do comunicador.

Devemos levar em consideração não somente a congruência entre a fala (palavras e entonação) e o gestual (linguagem não verbal).
Devemos considerar a congruência entre as promessas e as realizações; entre o discurso e a   prática.
Principalmente na comunicação inconsciente, entendo que meu interlocutor faça essa leitura de maneira mais ampla. Na verdade, essa leitura não é subliminar – eu diria que ela é muito mais poderosa, é supraliminar.

O seu cliente/paciente sentirá/saberá se você realmente acredita no próprio discurso.

 Ainda sobre congruência, há um ditado que gostaria de lembrar:

“O macaco senta-se em cima do próprio rabo e ri do rabo dos outros.”

Outro tema amplamente ligado a este são as Metamensagens.

Quem sabe, em breve, falemos um pouco sobre isso.

 Até mais!

 

 

escrito por Valdecy Carneiro

Psicólogo, Doutorando em Psicologia, Especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP. Desenvolvedor da metodologia Reprogramação Mental em 10 Sessões com PNL & Hipnose. E referência no ensino de Hipnose Clínica.

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COMENTÁRIOS

2 Comentários

  1. Maria José Valente

    Parabéns!!!! Artigo excelente, divulgarei aos amigos.
    Um grande abraço
    Maria José ,

    Responder
    • Valdecy Carneiro

      Grato, Maria José!
      Divulgação mais do que autorizada… rsrsrs…
      Grande abraço!
      Valdecy

      Responder

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