intolerancia aos saberes diferentes

INTOLERÂNCIA AOS SABERES DIFERENTES

por

INTOLERÂNCIA AOS SABERES DIFERENTES
por Valdecy Carneiro

É comum algumas pessoas, ao atingirem ou alcançarem um certo conhecimento ou reconhecimento, se colocarem na posição de julgadores dos seus semelhantes.
Assusta-me a intransigência dos donos da Verdade.
Por que os saberes não podem ser complementares, em vez de antagônicos?
Por que é tão difícil compreender que a hipótese de um não exclui ou invalida, necessariamente, a hipótese do outro.
A afirmação de uma coisa, não é necessariamente a negação de outra coisa.
A convivência é uma arte.
Penso que o ato de conviver passe por três fases, a saber: Tolerância, Respeito e Aceitação.
Explico melhor:

Tolerância
Pressuponho que sou melhor ou superior que o outro, portanto ajo “generosamente” com tolerância.

Respeito
Não concordo e, talvez até acredite realmente que o outro está agindo ou raciocinando de forma extremamente equivocada, mas de qualquer maneira respeito às suas decisões e escolhas.

Aceitação
Neste ponto, percebo que as minhas verdades são somente as “minhas verdades” e, neste momento e para mim, são suficientes. Do mesmo modo, infiro que o outro também tem as “suas verdades” e, obviamente, para ele, são as melhores para o momento. Raciocinando de tal maneira, eu aceito incondicionalmente o outro como ele é. Como indivíduo (aquele que não se divide) único e exclusivo. Aceito a sua identidade. Eu o reconheço.

Então, conviver pressupõe que estaremos com diferentes e até com opostos, mas não necessária ou deliberadamente adversários ou inimigos.
Contarei uma metáfora que, a meu ver, elucida bem o tema proposto:

A cena ocorre em um cemitério.
Agachada defronte a um túmulo, uma senhora colocava uma pequena vasilha de louça com alimentos, junto com alguns outros objetos e bebidas.
No túmulo ao lado, um senhor aproxima-se com um ramalhete de flores e, ao ver a senhora arrumando sua oferta ao parente falecido (ou antepassado), faz cara de espanto e repulsa e pergunta à senhora:
– A senhora acredita mesmo que o seu parente virá comer os alimentos, beber as bebidas e usar os objetos?
E a tranquila mulher, com um olhar sereno, compassivamente respondeu:
– Sim. Ele virá na mesma hora que o seu falecido parente comparecer para cheirar as flores que o senhor está ofertando…

Pois é… É bem possível que a minha verdade não seja realmente melhor ou superior à sua.

Paz Profunda!

Valdecy Carneiro
Amante do que é Bom, do que é Justo e do que é Belo…

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escrito por Valdecy Carneiro

Psicólogo, Doutorando em Psicologia, Especialista em Medicina Comportamental pela UNIFESP. Desenvolvedor da metodologia Reprogramação Mental em 10 Sessões com PNL & Hipnose. E referência no ensino de Hipnose Clínica.

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